Tsunamis e a economia
Passado quase um ano do estouro da crise internacional, algumas análises menos emotivas começam a surgir. Nada contra a parcialidade, mas a visão do meio do caos é sempre menos apurada. Além disso, por mais que digam o contrário, grande parte dos jornalistas econômicos não previu a chegada da crise.
Recentemente, um ensaio foi publicado pela Mckinsey Quarterly, escrito por Michele Zanini, chamado ‘Power curves’: What natural and economic disasters have in common. Compara a incidência e intensidade de desastres naturais e crises econômicas.
Ele aplica o princípio de Paretto, hoje bem conhecido pela Cauda Longa do Chris Anderson, a inusitadas comparações. Vale a pena ver os gráficos. Um deles compara as crises bancárias aos terremotos na Califórnia.
As conclusões do autor que devem ser guardadas com carinho são as seguintes:
– Faça do sistema a própria unidade de análise, ou seja, avalie o risco sistêmico.
– Não assuma que a situação está estável e faça análises com uma abrangência de longo prazo para estudar padrões.
– Crie modelos de negócios flexíveis.
– Aprenda com cientistas que estudam outros sistemas complexos.
Pelo visto, terremotos, incêndios e tsunamis não são objetos de metáforas à toa.
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